O Adultério, o Divórcio e a Família são 3 temas intrinsecamente ligados, não se podendo abordar um sem falar dos outros.
O Adultério é um pecado grave cometido por um homem ou uma mulher casados, e consta da prática de atos sexuais com alguém fora do casamento.
Como pecado grave que é, impede a pessoa de Comungar a Sagrada Eucaristia.
O estado de Adultério pode assumir uma forma temporária ou duradoura.
■ Adultério temporário é aquele que é praticado uma ou mais vezes fora do casamento, mas que depois de terminada essa ligação pecaminosa, é confessada arrependidamente, e a pessoa readquire o Estado de Graça. É um pecado horrível, porque consta de uma quebra dos Votos feitos no Sacramento do Matrimônio e de uma Traição ao seu cônjuge. Essa traição é abominável aos olhos dos homens e de Deus. Impede a pessoa de tomar a Sagrada Eucaristia, sem antes se Confessar. A pessoa traída, se se mantiver em castidade, não é adúltera e pode Confessar-se e Comungar.
■ Adultério duradoiro é aquele que leva uma ligação duradoira fora do matrimônio, que não é absolvido pelo Sacramento da Confissão, por não haver o firme propósito de emenda. Impede a pessoa de tomar a Sagrada Eucaristia e de se Confessar antes de terminada definitivamente a ligação extra-conjugal. A pessoa traída, se semantiver em castidade, não é adúltera e pode Confessar-se e Comungar.
Pode também haver Adultério sem haver Traição, se porventura o casal decidir de comum acordo se separar, mas tiverem relações sexuais extra-conjugais. Neste caso haverá só uma quebra dos Votos Matrimoniais.
■ Adúltero é toda aquela pessoa que comete Adultério, permanece nele, podendo ser casada, solteira ou viúva, pois basta que a outra pessoa seja casada, para ele ou ela também ser adúltera.
O Perdão no Sacramento da Confissão não pode ser dado enquanto se mantiver o estado de Adultério. Logo, Comungar, também está proibido.
O Adultério sempre tem sido condenado ao longo de toda a história, na sociedade civil e na Religião Católica.
Na Lei Mosaica do Judaísmo pré-Cristão, o Adultério dava lugar à morte por apedrejamento.
O Adultério tem sido o pecado preferido pelo demónio para manter a pessoa acorrentada, debaixo do seu domínio, e no caminho seguro da condenação eterna. Por isso, o Sacramento do Matrimônio é o Sacramento preferido de Satanás, que o promove amplamente, sugerindo-o particularmente às mulheres, fazendo-lhes notar que é o tipo de casamento que tem as cerimônias mais bonitas e apropriadas para a noiva brilhar. O demônio sabe como é fácil quebrar os Votos Matrimoniais, através das tentações, em que ele é exímio, e que ele próprio promove na vida social, nos empregos e no desporto. Conseguindo levar os casais aos Adultério, conquista com muita segurança duas pessoas para o seu reino de perdição.
O Adultério associado ao Relativismo Moral são duas armas eficazes que o demônio tem para conseguir muitas condenações ao Inferno.
Através do Adultério, o demônio não só condena duas pessoas ao Inferno, como destrói a Família e o que ela representa para a sociedade, e causa grandes danos nas crianças apanhadas nesta armadilha diabólica.
O Adultério tem origem na quebra dos Votos do Sacramento do Matrimônio Católico ou Ortodoxo, no que diz respeito à vida sexual do casal, e por isso, este Sacramento do Matrimônio só dever ser abeirado com a máxima seriedade, sem a mínima leviandade, tendo plena consciência de que é para toda a vida, e de que deve ser assumido por três pessoas - Homem, Mulher e Deus a servir de união e alimento. Sem esta trilogia, o Matrimônio falhará certamente, e daí o demônio jogar com tanta segurança nele. Muitos casais que se dizem Católicos vão convictos da sua vontade de união estável para toda a vida, mas não levam Deus como parceiro fundamental da união, e daí se darem tantos desentendimentos, separações e divórcios. Quando o Matrimônio falha, o Adultério é a consequência quase inevitável, e daí advir aquela segurança com que o demônio joga, para levar as almas à condenação eterna.
O Adúltero não pode voltar a casar pela Igreja Católica.
Sair do Adultério é muito difícil e exige uma profunda consciência dos erros cometidos e de tomada de medidas muito difíceis e dolorosas. À frente veremos como.
● O Adultério nas Sagradas Escrituras
O Adultério, dada a sua importância na Salvação das Almas, foi amplamente tratado nas Sagradas Escrituras, quer no Antigo Testamento quer no Novo Testamento, por Jesus e os seus Apóstolos.
Do Relativismo Moral advém a desculpabilização dos grandes pecados contemporâneos, aceites alegremente pela moral satânica e maçónica dominantes, transformando-os de erros graves em direitos louváveis.
Um dos campos preferidos pelo Relativismo é o do Divórcio e do adultério.
É Pecado: «Não cometerás adultério: Ex 20, 14. Rom 12, 1-2. 1 Tes. 4, 3-8. Ef 5, 17-20. 1 Cor 5, 1-6, 18-20.
Ainda que só em desejo: «Não cobiçarás a mulher do teu próximo»: Ex 20, 17.
«Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração»: Mt 5, 27-30.
Adultério e coração do homem
§ 1853 Pode-se distinguir os pecados segundo seu objeto, como em todo ato humano, ou segundo as virtudes a que se opõem, por excesso ou por defeito, ou segundo os mandamentos que eles contrariam. Pode-se também classificá-los conforme dizem respeito a Deus, ao próximo ou a si mesmo; pode-se dividi-los em pecados espirituais e carnais, ou ainda em pecados por pensamento, palavra, açãoou omissão. A raiz do pecado está no coração do homem, em sua livre vontade, segundo o ensinamento do Senhor: "Com efeito, é do coração que procedem más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas que tomam o homem impuro" (Mt 15,19-20). No coração reside também a caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado fere.
§ 2517 O coração é a sede da personalidade moral: "É do coração que procedem más intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações" (Mt 15,19). A luta contra a concupiscência da carne passa pela purificação do coração e a prática da temperança:
Conserva-te na simplicidade, na inocência, e serás como a criancinhas, que ignoram o mal destruidor da vida dos homens.
Jesus veio restaurar a criação na pureza de sua origem. No Sermão da Montanha, Ele interpreta de maneira rigorosa o plano de Deus: "Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,27-28). O homem não deve separar o que Deus uniu.
"Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5,28)
1Coríntios 7,10-11
10 Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido.
11 E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido.
Apocalipse 21,8
8 Os tíbios, os infiéis, os depravados, os adúlteros, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os falsos de coração terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte.
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